Entrevistador: Holbein Menezes
PAULO MARCELO
"Não gosto do termo “musicista” porque implica em comportamento quase técnico em relação à música; como forma de arte primeira prefiro o termo “melômano” que implica em atitude intelectual e sensitiva da música" |
Pergunta: Você ainda faz parte do grupo de Engenheiros projetistas que na Europa criava, a pedido dos fabricantes de aparelhos de áudio, circuitos para equipamentos para a reprodução do som musical?
Resposta: Sou demasiado jovem (48 anos) para ter pertencido à “idade de ouro” e ao movimento audiófilo europeu que englobou tanto à volta da BBC quanto da ORTF, e tantos outros designeres célebres, todos quantos puseram o seu saber ao serviço das marcas que criaram para empresas independentes... Não! eu concebo aparelhos para outros (e para a minha empresa) mas numa ótica mais moderna. Desse modo, concebo um produto e aconselho comercialmente às empresas; então sou uma espécie de “consulting designer”, mais do que um puro designer!...
Pergunta: Você prefere o sistema valvular; por quê? O sistema transistorizado, por quê? O sistema digital, por quê? Ou um blend de todos os sistemas, por quê?
Resposta: Na realidade nem um nem outro, pois uma tecnologia tem sempre uma “aparência sonora” que vai marcar o som reproduzido de uma maneira mais ou menos colorida. Uma mistura das duas tecnologias (híbrido) com o objetivo de anular a “componente sonora peculiar” de cada uma das tecnologias (verdadeiro híbrido); parece-me uma via de razão e de avanço real na busca da neutralidade e da verdadeira fidelidade. O que é o objetivo primeiro da Alta-Fidelidade como o seu nome indica... Bem entendido, fidelidade ao disco e não à musica uma vez que os aparelhos de áudio reproduzem uma mídia (ficheiro digital, CD, banda magnética, disco vinil etc.), e não a música ao vivo.
Pergunta: Enquanto ser escutador, você se classifica em que categoria: Musicista (que gosta da música sobre todos os outros aspectos do som?). Audiófilo (que habita ou pertence à família do áudio?). Equipamentófilo (participante do clã dos que adoram equipamentos de grife?). Engenheiro (que acredita sobretudo na teoria eletrônica?)
Resposta: Não gosto do termo “musicista” porque implica em comportamento quase técnico em relação à música; como forma de arte primeira prefiro o termo “melômano” que implica em atitude intelectual e sensitiva da música. Sim! sou melômano antes de toda outra coisa, e o áudio para mim só tem sentido se ele respeita a mídia que reproduz dando um prazer ao auditor, qualquer que seja a cultura deste e o tipo de música que ele escute.Portanto, excluindo o meu trabalho, quando ouço música não quero ser perturbado (parasitado) por nenhum aspecto técnico nem audiófilo, mas simplesmente viver e escutar a música gravada.
Pergunta: Que, em música, mais justifica seu dispêndio financeiro em equipamentos de som: Bach ou Beatles? O Erudito ou o Jazz? Popular ou rock? O bom samba brasileiro ou o fado lusitano? Por favor, diga o porquê de cada escolha.
Resposta: Não sou “maneirista ou elitista” nem no consumo financeiro nem sensitivo da música; então, quando compro uma mídia musical é porque esta me provoca sensações bem distinguíveis e me toca emocionalmente. A partir dai considero que o dinheiro gasto para um disco que me agrade é sempre bem gasto. No entanto considero que Bach, Mozart, Coltrane, Monk, Jobim, Amàlia etc. pertencem ao patrimônio artístico da humanidade; visto assim, a musica deles deveria ser subvencionada pelo Estado (como os museus), a fim de que todas as pessoas, a um custo moderado, possam ter acesso a essas obras fundamentais para a formação do ser humano e da sua personalidade.
Pergunta: Segundo observações que fiz ao longo dos meus mais de sessenta anos que me interesso pela reprodução eletrônica do som musical, jamais estive em sala de distribuidor ou revendedor de aparelhos de som (e estive em muitas!) que o som fosse musical e confortável; é a prática do anexim “casa de ferreiro, espeto de pau”? Ou o quê?
Resposta: Penso que a maior parte das pessoas veem os distribuidores e revendedores como especialistas em áudio, e “raramente” é o caso pois essas pessoas são antes de tudo “comerciantes” e contentam-se em “expor os produtos” ao publico. Visto assim, uma sala de distribuidor ou de revendedor é uma sala de “exposição” e não uma sala de “degustação”. Este fenômeno é internacional e não específico de um pais (na generalidade), e se ninguém critica então continuará a ser assim para sempre. Há vários anos atrás tinha o propósito de fazer um “guia crítico” dos auditórios e lojas especializadas, em França, para ajudar o consumidor a escolher um bom especialista na venda de aparelhos de áudio. Ninguém quis fazer, pois seria “dar um pontapé num ninho de vespas”, como diz um ditado francês...
Pergunta: No sentido do método dialético materialista de conhecimento (Hegel e Marx), para você qual o elo essencial da corrente da reprodução do som musical doméstico, o qual (elo) em se resolvendo bem ter-se-á resolvido grande parte dos outros elos da cadeia: qual o essencial, a sala de audição? o ledor da música em conserva? o tipo da mídia? a qualidade técnica dos aparelhos do sistema eletrônico? o elo final da corrente, ou seja, os alto-falantes? ou a condição sine qua non são os nossos ouvidos?
Resposta: Se quer dizer por ouvidos a capacidade a correlacionar análise/sensibilidade e ser um melômano/audiófilo sapiente, então este é o “elo” principal para a obtenção de bons resultados de escuta. Cada vez que escutei um sistema Hifi com um grande resultado sonoro, havia por trás uma pessoa sensível e sábia, que apesar do local, dos elementos de áudio e outros parâmetros diretos e indiretos, tinha buscado o equilíbrio sonoro e a neutralidade. Como sempre, portanto, o elo principal “de tudo”, é o homem!
Pergunta: Você, Engenheiro Eletrônico PAULO MARCELO (td 124), concorda com a assertiva do Professor Ken Pohlmann que, em seu livro “Principles of Digital Audio”, afirma que as vibrações (internas e externas, airborne ou geradas pelos motores de rotação dos ledores) entram na corrente de áudio dos aparelhos para a reprodução do som musical via capacitores eletrolíticos da fonte de retificação? Se não concorda, por quê?
Resposta: De modo geral estou de acordo com a ideia, que os condensadores eletrolíticos são sensíveis às vibrações e que podem injetar sinais espúrios (uma parte) na alimentação e assim contaminar o sinal. Talvez não seja tão assertivo quanto o Professor Pohlmann uma vez que há possivelmente outros fatores em jogo, mas no global estou de acordo, como já afirmei.
Pergunta oito: Qual a pior praga que destrói qualquer sistema eletrônico para a reprodução do som musical: a) as vibrações (air borne) que geram ressonâncias nocivas? b) o excesso de reverberação na sala de som que torna o som musical desarticulado qual “torre de babel”? c) o exagero de produtos absorventes que converte a sala em ”sala morta”, e produz um som sem brilho nem dinâmica? d) a sala viva, de concreto, que não vibra e se não vibra não gera ressonâncias, mas redunda num som musical ininteligível? Para você, qual o “resumo da ópera”?
Resposta: Para mim a maior praga atual que destrói a reprodução sonora doméstica é a falta de adequação entre as colunas e o ambiente de escuta, pois muitas pessoas esquecem esta lei fundamental: “pequena sala pequenas colunas e grande sala grandes colunas!!!”; desconformidade que tem íntima ligação com a geração de vibrações incontroláveis; o que pode querer significar que as vibrações (por via aérea ou sólida, indiretas e diretas), podem vir a ser a pior praga para uma reprodução equilibrada.
Pergunta: Parafraseando a Bíblia, você Musicista concordaria se eu dissesse que Leos Janacek (1854-1928) gerou Bèla Bartók (1881-1945), que gerou Igor Stravinsky (1882-1971), que gerou Sergei Prokofiev (1891-1953), que gerou Aaron Copland (1900-), que gerou Alberto Ginastera (1916-1983), que gerou Bill Halley, que gerou os Beatles, que gerou Pink Floyd e este gerou Frank Zappa?
Resposta: Cada homem, seja ele artista ou outra coisa qualquer, é sempre fruto direto e indireto de outros homens que o precederam, formando destarte uma continuidade histórica/intelectual à qual chamamos cultura. Assim, pois, os artistas que cita,de uma maneira mais ou menos marcada são efetivamente o resultado da influência dos seus antepassados e contemporâneos, assim como também da sua própria sensibilidade, evidentemente.
Pergunta: Qual sua opinião sobre a técnica “blu-ray”? Veio para substituir cedês e devedês como estes vieram para substituir os “long-playing” e as fitas VHF, que substituíram os antigos discos de cera? É essa a ordem de desenvolvimento crescente rumo à ilusão da mídia de “replicação exata”?
Resposta: Técnica e historicamente a sucessão dos formatos operou-se assim como descreveu, mas se a pergunta é para saber se concretamente a evolução dos formatos corresponde a uma evolução qualitativa da reprodução da música, nesse caso não creio que tenhamos evoluído muito após o CD!!!
Pergunta: Se você tivesse que dar ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – por seus dele insucessos e por isso considerado um autêntico “lame duck” -, fosse compelido a obsequiá-lo pelos “eficientes” serviços de espionagem “prestados à Humanidade”, doar pois um sistema eletrônico para a reprodução do som musical, que setup escolheria?
Resposta: Certamente um par de Rogers LS3/5ª com um amplificador QUAD II, e um gira-discos Pink Triangle PT1 com célula DL103... Ora, esse sistema, pela beldade sonora e envolvimento emocional, poderia transformar Obama em alguém melhor... ele o raciocinar sobre ele mesmo e a sua humanidade.
Pergunta: E que presente (o Ideal do Ego) do mesmo gênero se daria a si, Paulo Marcelo, se possuísse os recursos ilimitados do Bill Gates? Com a fortuna do Bill, como montaria sua “sala de som” doméstica?
Resposta: Na realidade conservaria o meu sistema exatamente como é, mas aproveitaria do dinheiro para cobrir as paredes com milhares de discos vinil e CD, o que faria um amortecimento “natural” da sala...
Pergunta: Que pergunta não fiz mas que você gostaria de ter respondido? Sirva-se à vontade.
Resposta: O que é a musicalidade? a que serve a Audiofilia? Qual a razão da paixão pelo áudio?
Resposta: Sou demasiado jovem (48 anos) para ter pertencido à “idade de ouro” e ao movimento audiófilo europeu que englobou tanto à volta da BBC quanto da ORTF, e tantos outros designeres célebres, todos quantos puseram o seu saber ao serviço das marcas que criaram para empresas independentes... Não! eu concebo aparelhos para outros (e para a minha empresa) mas numa ótica mais moderna. Desse modo, concebo um produto e aconselho comercialmente às empresas; então sou uma espécie de “consulting designer”, mais do que um puro designer!...
Pergunta: Você prefere o sistema valvular; por quê? O sistema transistorizado, por quê? O sistema digital, por quê? Ou um blend de todos os sistemas, por quê?
Resposta: Na realidade nem um nem outro, pois uma tecnologia tem sempre uma “aparência sonora” que vai marcar o som reproduzido de uma maneira mais ou menos colorida. Uma mistura das duas tecnologias (híbrido) com o objetivo de anular a “componente sonora peculiar” de cada uma das tecnologias (verdadeiro híbrido); parece-me uma via de razão e de avanço real na busca da neutralidade e da verdadeira fidelidade. O que é o objetivo primeiro da Alta-Fidelidade como o seu nome indica... Bem entendido, fidelidade ao disco e não à musica uma vez que os aparelhos de áudio reproduzem uma mídia (ficheiro digital, CD, banda magnética, disco vinil etc.), e não a música ao vivo.
Pergunta: Enquanto ser escutador, você se classifica em que categoria: Musicista (que gosta da música sobre todos os outros aspectos do som?). Audiófilo (que habita ou pertence à família do áudio?). Equipamentófilo (participante do clã dos que adoram equipamentos de grife?). Engenheiro (que acredita sobretudo na teoria eletrônica?)
Resposta: Não gosto do termo “musicista” porque implica em comportamento quase técnico em relação à música; como forma de arte primeira prefiro o termo “melômano” que implica em atitude intelectual e sensitiva da música. Sim! sou melômano antes de toda outra coisa, e o áudio para mim só tem sentido se ele respeita a mídia que reproduz dando um prazer ao auditor, qualquer que seja a cultura deste e o tipo de música que ele escute.Portanto, excluindo o meu trabalho, quando ouço música não quero ser perturbado (parasitado) por nenhum aspecto técnico nem audiófilo, mas simplesmente viver e escutar a música gravada.
Pergunta: Que, em música, mais justifica seu dispêndio financeiro em equipamentos de som: Bach ou Beatles? O Erudito ou o Jazz? Popular ou rock? O bom samba brasileiro ou o fado lusitano? Por favor, diga o porquê de cada escolha.
Resposta: Não sou “maneirista ou elitista” nem no consumo financeiro nem sensitivo da música; então, quando compro uma mídia musical é porque esta me provoca sensações bem distinguíveis e me toca emocionalmente. A partir dai considero que o dinheiro gasto para um disco que me agrade é sempre bem gasto. No entanto considero que Bach, Mozart, Coltrane, Monk, Jobim, Amàlia etc. pertencem ao patrimônio artístico da humanidade; visto assim, a musica deles deveria ser subvencionada pelo Estado (como os museus), a fim de que todas as pessoas, a um custo moderado, possam ter acesso a essas obras fundamentais para a formação do ser humano e da sua personalidade.
Pergunta: Segundo observações que fiz ao longo dos meus mais de sessenta anos que me interesso pela reprodução eletrônica do som musical, jamais estive em sala de distribuidor ou revendedor de aparelhos de som (e estive em muitas!) que o som fosse musical e confortável; é a prática do anexim “casa de ferreiro, espeto de pau”? Ou o quê?
Resposta: Penso que a maior parte das pessoas veem os distribuidores e revendedores como especialistas em áudio, e “raramente” é o caso pois essas pessoas são antes de tudo “comerciantes” e contentam-se em “expor os produtos” ao publico. Visto assim, uma sala de distribuidor ou de revendedor é uma sala de “exposição” e não uma sala de “degustação”. Este fenômeno é internacional e não específico de um pais (na generalidade), e se ninguém critica então continuará a ser assim para sempre. Há vários anos atrás tinha o propósito de fazer um “guia crítico” dos auditórios e lojas especializadas, em França, para ajudar o consumidor a escolher um bom especialista na venda de aparelhos de áudio. Ninguém quis fazer, pois seria “dar um pontapé num ninho de vespas”, como diz um ditado francês...
Pergunta: No sentido do método dialético materialista de conhecimento (Hegel e Marx), para você qual o elo essencial da corrente da reprodução do som musical doméstico, o qual (elo) em se resolvendo bem ter-se-á resolvido grande parte dos outros elos da cadeia: qual o essencial, a sala de audição? o ledor da música em conserva? o tipo da mídia? a qualidade técnica dos aparelhos do sistema eletrônico? o elo final da corrente, ou seja, os alto-falantes? ou a condição sine qua non são os nossos ouvidos?
Resposta: Se quer dizer por ouvidos a capacidade a correlacionar análise/sensibilidade e ser um melômano/audiófilo sapiente, então este é o “elo” principal para a obtenção de bons resultados de escuta. Cada vez que escutei um sistema Hifi com um grande resultado sonoro, havia por trás uma pessoa sensível e sábia, que apesar do local, dos elementos de áudio e outros parâmetros diretos e indiretos, tinha buscado o equilíbrio sonoro e a neutralidade. Como sempre, portanto, o elo principal “de tudo”, é o homem!
Pergunta: Você, Engenheiro Eletrônico PAULO MARCELO (td 124), concorda com a assertiva do Professor Ken Pohlmann que, em seu livro “Principles of Digital Audio”, afirma que as vibrações (internas e externas, airborne ou geradas pelos motores de rotação dos ledores) entram na corrente de áudio dos aparelhos para a reprodução do som musical via capacitores eletrolíticos da fonte de retificação? Se não concorda, por quê?
Resposta: De modo geral estou de acordo com a ideia, que os condensadores eletrolíticos são sensíveis às vibrações e que podem injetar sinais espúrios (uma parte) na alimentação e assim contaminar o sinal. Talvez não seja tão assertivo quanto o Professor Pohlmann uma vez que há possivelmente outros fatores em jogo, mas no global estou de acordo, como já afirmei.
Pergunta oito: Qual a pior praga que destrói qualquer sistema eletrônico para a reprodução do som musical: a) as vibrações (air borne) que geram ressonâncias nocivas? b) o excesso de reverberação na sala de som que torna o som musical desarticulado qual “torre de babel”? c) o exagero de produtos absorventes que converte a sala em ”sala morta”, e produz um som sem brilho nem dinâmica? d) a sala viva, de concreto, que não vibra e se não vibra não gera ressonâncias, mas redunda num som musical ininteligível? Para você, qual o “resumo da ópera”?
Resposta: Para mim a maior praga atual que destrói a reprodução sonora doméstica é a falta de adequação entre as colunas e o ambiente de escuta, pois muitas pessoas esquecem esta lei fundamental: “pequena sala pequenas colunas e grande sala grandes colunas!!!”; desconformidade que tem íntima ligação com a geração de vibrações incontroláveis; o que pode querer significar que as vibrações (por via aérea ou sólida, indiretas e diretas), podem vir a ser a pior praga para uma reprodução equilibrada.
Pergunta: Parafraseando a Bíblia, você Musicista concordaria se eu dissesse que Leos Janacek (1854-1928) gerou Bèla Bartók (1881-1945), que gerou Igor Stravinsky (1882-1971), que gerou Sergei Prokofiev (1891-1953), que gerou Aaron Copland (1900-), que gerou Alberto Ginastera (1916-1983), que gerou Bill Halley, que gerou os Beatles, que gerou Pink Floyd e este gerou Frank Zappa?
Resposta: Cada homem, seja ele artista ou outra coisa qualquer, é sempre fruto direto e indireto de outros homens que o precederam, formando destarte uma continuidade histórica/intelectual à qual chamamos cultura. Assim, pois, os artistas que cita,de uma maneira mais ou menos marcada são efetivamente o resultado da influência dos seus antepassados e contemporâneos, assim como também da sua própria sensibilidade, evidentemente.
Pergunta: Qual sua opinião sobre a técnica “blu-ray”? Veio para substituir cedês e devedês como estes vieram para substituir os “long-playing” e as fitas VHF, que substituíram os antigos discos de cera? É essa a ordem de desenvolvimento crescente rumo à ilusão da mídia de “replicação exata”?
Resposta: Técnica e historicamente a sucessão dos formatos operou-se assim como descreveu, mas se a pergunta é para saber se concretamente a evolução dos formatos corresponde a uma evolução qualitativa da reprodução da música, nesse caso não creio que tenhamos evoluído muito após o CD!!!
Pergunta: Se você tivesse que dar ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – por seus dele insucessos e por isso considerado um autêntico “lame duck” -, fosse compelido a obsequiá-lo pelos “eficientes” serviços de espionagem “prestados à Humanidade”, doar pois um sistema eletrônico para a reprodução do som musical, que setup escolheria?
Resposta: Certamente um par de Rogers LS3/5ª com um amplificador QUAD II, e um gira-discos Pink Triangle PT1 com célula DL103... Ora, esse sistema, pela beldade sonora e envolvimento emocional, poderia transformar Obama em alguém melhor... ele o raciocinar sobre ele mesmo e a sua humanidade.
Pergunta: E que presente (o Ideal do Ego) do mesmo gênero se daria a si, Paulo Marcelo, se possuísse os recursos ilimitados do Bill Gates? Com a fortuna do Bill, como montaria sua “sala de som” doméstica?
Resposta: Na realidade conservaria o meu sistema exatamente como é, mas aproveitaria do dinheiro para cobrir as paredes com milhares de discos vinil e CD, o que faria um amortecimento “natural” da sala...
Pergunta: Que pergunta não fiz mas que você gostaria de ter respondido? Sirva-se à vontade.
Resposta: O que é a musicalidade? a que serve a Audiofilia? Qual a razão da paixão pelo áudio?