O "nãodito" e o dito |
PROPOSIÇÃO:
O “nãodito” (o fantástico) não é o contrário antagônico do dito embora o dito não seja necessariamente a reprodução do objeto sobre o qual se quis dizer.
O "nãodito" está no subjacente do objeto, é seu interior, sua “coluna do meio”, a parte não expressa seja pela linguagem seja pela técnica acadêmicas; todavia, manifestada pela penumbra da insinuação às vezes desfocada, às vezes inteligente, mas sempre poética.
[Obs. Na filosofia dialética materialista, contrário antagônico é a situação oposta de um fenômeno, contradição que carece de ser resolvida para que o fenômeno se desenvolva; e essa resolução só pode ocorrer pela via revolucionária a fim de processar-se um salto em qualidade; por isso que pela forma evolucionista ocorreria apenas acumulação quantitativa.]
A antítese nem sempre é o antagônico da tese (embora represente seu contrário) e pode ser materializada por muitos meios inclusive pelas dúvidas que a própria tese suscita. Porquanto a antítese representa o movimento do novo que quer vir a ser.
De igual modo a síntese não é o sumário da tese posto que é seu desenvolvimento; é a antiga tese modificada em qualidade embora conservando em quantidade algo da antiga tese; visto que em toda tese existem elementos de antítese, e em toda antítese há elementos tanto da velha quanto da nova tese. É o que a dialética quer dizer com “penetração de opostos”.
Os filósofos chineses nomearam os elementos tese e antítese, de “yang” e “yin”: a primeira é a força ativa, positiva e masculina do princípio do Universo; a segunda é a força passiva, negativa e feminina desse mesmo princípio; mas uma não é mais importante que a outra nem pode prescindir uma d’outra; há que coexistirem ambas para operar-se o desenvolvimento; não existe desenvolvimento só “yang” ou só “yin”.
A própria metáfora bíblica da criação do homem, ao usar aquela linguagem “nãodita”, criou “yin” (feminino=Eva) do meio (costela) do “yang” (masculino=Adão); isso para que se tornassem forças dinâmicas iguais para gerar a Humanidade; por isso que uma força sem a outra a Humanidade não se teria criado.
Holbein Menezes
29 nov. 2022
O “nãodito” (o fantástico) não é o contrário antagônico do dito embora o dito não seja necessariamente a reprodução do objeto sobre o qual se quis dizer.
O "nãodito" está no subjacente do objeto, é seu interior, sua “coluna do meio”, a parte não expressa seja pela linguagem seja pela técnica acadêmicas; todavia, manifestada pela penumbra da insinuação às vezes desfocada, às vezes inteligente, mas sempre poética.
[Obs. Na filosofia dialética materialista, contrário antagônico é a situação oposta de um fenômeno, contradição que carece de ser resolvida para que o fenômeno se desenvolva; e essa resolução só pode ocorrer pela via revolucionária a fim de processar-se um salto em qualidade; por isso que pela forma evolucionista ocorreria apenas acumulação quantitativa.]
A antítese nem sempre é o antagônico da tese (embora represente seu contrário) e pode ser materializada por muitos meios inclusive pelas dúvidas que a própria tese suscita. Porquanto a antítese representa o movimento do novo que quer vir a ser.
De igual modo a síntese não é o sumário da tese posto que é seu desenvolvimento; é a antiga tese modificada em qualidade embora conservando em quantidade algo da antiga tese; visto que em toda tese existem elementos de antítese, e em toda antítese há elementos tanto da velha quanto da nova tese. É o que a dialética quer dizer com “penetração de opostos”.
Os filósofos chineses nomearam os elementos tese e antítese, de “yang” e “yin”: a primeira é a força ativa, positiva e masculina do princípio do Universo; a segunda é a força passiva, negativa e feminina desse mesmo princípio; mas uma não é mais importante que a outra nem pode prescindir uma d’outra; há que coexistirem ambas para operar-se o desenvolvimento; não existe desenvolvimento só “yang” ou só “yin”.
A própria metáfora bíblica da criação do homem, ao usar aquela linguagem “nãodita”, criou “yin” (feminino=Eva) do meio (costela) do “yang” (masculino=Adão); isso para que se tornassem forças dinâmicas iguais para gerar a Humanidade; por isso que uma força sem a outra a Humanidade não se teria criado.
Holbein Menezes
29 nov. 2022